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Setembro, Outubro e Novembro de 2012 / Ano2 / Número 8

COMUNICAÇÃO

Transformando a fofoca em conversa produtiva



A fofoca, acredite, pode ter seu lado bom. O pesquisador Robin Dunbar, autor de Grooming, Gossip and the Evolution of Language, acredita que a linguagem humana nasceu exatamente a partir dessa atividade. Especialistas em comunicação, por outro lado, avaliam que ela também seria a mídia mais antiga da humanidade. Agora vamos transpor essa discussão para o universo das empresas e perguntar: dá pra transformar a fofoca em algo positivo no ambiente corporativo? Aliás, nesse meio, a fofoca teria algo a contribuir? De acordo com a revista Você SA, a resposta é sim. O tema foi discutido numa reportagem escrita pelas jornalistas Fabiana Corrêa e Márcia Rocha, que abordaram o que conhecemos como rádio peão.

De acordo com a matéria, a fofoca é uma realidade corporativa e estudos comprovariam que essa atividade responderia por cerca de um quinto a dois terços das conversas diárias. Os papos informais, ainda segundo a reportagem, seriam formas alternativas de descobrir, por exemplo, o estilo do novo chefe e de identificar tendências na empresa. Mas atenção: é preciso separar, no entanto, uma comunicação que pode ser eficiente e produtiva da maledicência.

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Mais fofoca produtiva


A reportagem da revista Você SA destacou outros especialistas em comunicação como Gutemberg de Macedo, da Gutemberg Consultores, de São Paulo, especializada em gestão de carreira. Segundo ele, “ficar ligado nas informações extra-oficiais é inteligência competitiva”. Para o executivo, ela ajuda a entender os movimentos oficiais da empresa, a conhecer melhor as pessoas e a se adaptar à cultura do lugar. É o elogio das conversas informais.

As conversas mais informais podem até facilitar o relacionamento entre as pessoas, melhorando a coesão do grupo, na avaliação dos entrevistados da revista. Uma das razões disso é o entendimento da cultura da empresa, principalmente das regras que não estão escritas, mas que fazem parte do dia a dia dos funcionários mais experientes. Muitas empresas, de certa forma, estimulam, o espaço para essa troca informal de informações.

As pequenas cozinhas, com máquinas automáticas de café e chocolate, são um exemplo de espaço ideal para compartilhar informações. É uma espécie de rádio peão institucionalizada, que pode ser usada a favor, tanto por parte dos funcionários como da empresa. Um recurso que as companhias podem usar é a colocação de painéis informativos nesses pontos de encontro, facilitando a divulgação de informações corporativas.






Boato é outra conversa


Se a fofoca corporativa ou a conversa informal pode até ser positiva, o boato é um ruído de comunicação perigoso e que pode minar a confiança dos colaboradores. O especialista espanhol Ferran Ramon-Cortés, autor do livro Vírus – o perigo dos boatos nas empresas, da editora Academia, explorou o tema a partir da analogia entre esse processo e uma infecção viral. De acordo com ele, não transmitir um vírus está fora do alcance do ser humano, mas podemos deixar de propagar rumores com um gesto muito simples: antes de fazer circular uma informação, deveríamos ter a certeza absoluta acerca de dois aspectos. O primeiro deles é se a informação é absolutamente verdadeira. A segunda é se a circulação dela contribuirá positivamente para o funcionamento da organização. Se não atender a essas duas questões, o que estaremos fazendo não é divulgar informação e sim propagar um boato.

"Há muito espaço para aprendizado, como se observa em experimentos da Embrapa, na Bahia, onde a cana irrigada pode passar de 200 toneladas por hectare em termos de produtividade", informa o especialista. Ele destaca que os avanços conseguidos pelo Brasil podem ser ainda maiores. Foi a maturidade do setor que permitiu produtividade de um hectare de cana aumentasse 125% desde 1975. Apesar disso, vários desafios ainda precisam ser vencidos, caso do manejo do solo.






Quem é Ferran Ramon-Cortés


Especialista em comunicação, o autor do livro Vírus – o perigo do boato nas empresas tem uma experiência como executivo da área de publicidade, tendo passagens por empresas como Tiempo BBDO. Ele também foi professor e organizou seminários. No Brasil, ele tem outro livro editado – A ilha dos 5 faróis, pela editora Planeta.






A vacina contra boatos 


Para Ramon-Cortés, existem vacinas contra os boatos e elas não devem ser aplicadas somente em momentos de crise, mas diariamente nas empresas. Elas envolvem ações simples como:

 

  1. 1- Conhecer bem as pessoas com quem trabalhamos, o que permite que identifiquemos os melhores canais de comunicação para cada uma delas.


  2. 2- Conhecer as relações interpessoais: como as pessoas se relacionam no ambiente de trabalho permite saber que canais de comunicação funcionam melhor entre elas e estimular esses canais.


  3. 3- Conhecer os canais de comunicação existentes na empresa: permite que usemos esses canais, facilitando a disseminação da informação.


  4. 4- Ser transparente: quando a informação adequada circula, o espaço para os rumores deixa de acontecer.


  5. 5- Clareza: todos que se comunicam precisam evitar ambiguidades, eliminando que uma informação correta seja corrompida.


  6. 6- Rapidez: toda informação relevante e que pode ser divulgada, deve ser rapidamente divulgada de forma equânime entre toda a empresa.


  7. 7- Coragem: as más notícias também precisam ser divulgadas para não alimentar falsas expectativas.


  8. 8- Integridade: a comunicação precisa espelhar nossos atos. Fazer observações, ajudar é um caminho mais saudável do que criticar. E principalmente fazer isso na presença das pessoas que estão sendo objeto de observações.






A ética da fofoca


Segundo reportagem da revista Você SA, existe uma ética na hora da fofoca. A dica dos especialistas ouvidos pela publicação estão listadas abaixo. Confira:

Ouça mais ­ Sabe por que temos duas orelhas e uma boca? Para ouvir mais e falar menos, diz um provérbio árabe.
Abra o olho ­ Na hora de passar seu recado, cuidado. A comunicação informal é algo que corre sem controle. Por isso, muita cautela ao escolher a pessoa com quem você vai falar. É do jeito dela que a história será passada adiante.
Seja discreto ­ Não gaste tempo comentando sobre fofocas correntes no escritório. Na hora do "vamos ver", você pode ser considerado culpado por associação.
Seja do bem ­ Fofoca corporativa é para trabalhar a favor de sua carreira. Portanto, não seja "língua de trapo" e, se algum comentário seu magoar alguém, peça desculpas imediatamente.
Troque dados ­ Não dá para ficar sabendo de tudo se você nunca diz nada de relevante. Para obter informações, coloque na roda algo que pode ser importante para a carreira do seu parceiro.

 

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