BEM ESTAR
Dormir bem faz bem
Dormir bem não é só questão de prazer, mas também de saúde. A neurologista Rosa Hasan, responsável pelo Laboratório do Sono do Hospital São Luiz, publicou artigo no portal Minha Vida explicando que, enquanto dormimos, o nosso organismo produz a leptina, um hormônio capaz de controlar a sensação de saciedade alimentar. Ou seja, essa substância evita que as pessoas sintam fome exacerbada ao longo do dia.
Um estudo realizado na Universidade de Chicago confirma a máxima. Lá, os pesquisadores identificaram que as pessoas que dormem de 6 a 8 horas diárias queimam mais gorduras do que aquelas que dormem pouco.
Diversas pessoas, todavia, não dormem pouco por opção, mas sim por alguma disfunção. Nesse caso, há tratamentos diversos e, mais recentemente, até o desenvolvimento tecnológico entrou como apoiador. Trata-se de um aplicativo para Iphone chamado Sleep Cycle. Ele monitora os movimentos das pessoas durante a noite e elabora um gráfico que acompanha seus estágios de sono. Trinta minutos antes da hora programada para a pessoa acordar, o software aguarda pelo momento em que o sono está mais leve. Só aí o despertador toca, impedindo que a pessoa acorde no meio de um sonho – ou seja, de um ciclo de sono. Outros métodos para um bom sono também são válidos, caso do controle alimentar. Segundo Salete Campos, nutricionista do Hospital de Clínicas da Unicamp, a vitamina B6 e o Magnésio são nutrientes essenciais para que o organismo se acalme na hora de dormir. Alimentos como frango, atum, banana, cereais integrais, levedo de cerveja e arroz integral são ricos em vitamina B6. Já o magnésio pode ser encontrado em alimentos como o tofu, soja, caju, tomate e salmão.
Sono e Ciência
Reportagem da Folha de São Paulo mostrou um estudo feito com roedores na Universidade de Rochester nos EUA. O estudo revela que o sono é fundamental para eliminar toxinas que ficam acumuladas no cérebro. Em suma, quando dormimos as nossas células nervosas diminuem, permitindo espaço para os fluídos fazerem uma verdadeira lavagem cerebral. Ao comparar camundongos acordados com adormecidos, os pesquisadores revelaram que o fluido cerebrospinal – líquido que permeia o cérebro – transita com mais facilidade durante o estágio de sono. Em uma das amostras, pode-se notar que as moléculas varridas pelo fluido cerebral é a beta-amiloide, proteína ligada ao mal de Alzheimer. Portanto, “A doença de Alzheimer está associada à perturbação do sono”, afirmou Lulu Xie, autora principal do estudo na reportagem da Folha de São Paulo.