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Dezembro 2013 / Janeiro e Fevereiro 2014 Ano 2 / Número 13

ANGLO AMERICAN

De Minas ao Rio, mineroduto deixa saudades nos profissionais

Desafiadora, a construção do mineroduto que faz parte do projeto Minas-Rio, da Anglo American, já tem história. Júlio Oliveira, gerente da INTECH à frente dos contratos, resume a participação da empresa no empreendimento. “As obras foram iniciadas em outubro de 2012 e finalizadas em julho deste ano, compreendendo cinco furos direcionais”, detalha. Além da execução em rocha, a participação da INTECH envolveu a passagem ao longo da ferrovia da Vale e em rodovia estadual – a RJ 220. Em síntese: 14 meses de travessia em dois estados brasileiros, viabilizando o meio de transporte de minério de ferro do interior de Minas Gerais até o processamento de pelotas e o embarque para exportação no Rio de Janeiro.

“Fui o primeiro a chegar nas obras para cuidar da documentação e mobilizar as equipes e equipamentos. Aliás, foi meu primeiro trabalho como gerente de obras na INTECH”, adianta Júlio Oliveira. Tendo participado fim a fim do desafio de mais de um ano, o engenheiro conhece em detalhes a mobilização. Além de diferentes máquinas em cada etapa, ele relembra a diversidade das equipes. “No caso do Itabira A, um dos cinco contratos, ocorreu um atraso na obra por conta da dificuldade com a perfuração do solo, exigindo a mudança do tipo de broca e no planejamento”, detalha. A solução veio a seguir: para não atrasar o Itabira B, segundo contrato, Júlio Oliveira coordenou a locação de outra perfuratriz junto à HDI, tradicional parceira da INTECH em projetos dentro e fora do Brasil. “Mobilizamos outra equipe para fazer a travessia e à essa época tínhamos quatro times para atender os dois trechos. O trabalho ocorria em dois turnos e mobilizava quase 50 funcionários”.

Diferente da execução para a Eletropaulo (veja página 4), os contratos da Anglo American envolveram obras em áreas rurais, território preferido por Júlio. “Elas são isoladas e não impõem dificuldade na mobilização”, argumenta. Para ele, os projetos nas cidades atraem muitos curiosos e crianças que querem brincar por perto, o que é um risco muito grande. Na zona rural, ele destaca ainda a vantagem de se trabalhar por um turno maior, pois não há restrição de horários e nem do trânsito de pessoas e carros. “Por outro lado, a movimentação das tubulações e da própria máquina pode apresentar um risco. O maior incômodo, no entanto, são os mosquitos (risos)”

Em função das condições isoladas, o engenheiro destaca a necessidade de uma logística bem resolvida. No caso das obras do Minas-Rio, os funcionários ficaram alojados em hotéis ou casas alugadas, o que demandou uma organização precisa, pois a frente de perfuração variou. Com isso, os horários mudaram desde o começo do turno às seis ou sete da manhã até o seu término por volta das seis da tarde. No dia a dia, além das indicações de segurança, a operação da INTECH envolveu o repasse dos procedimentos de controle ambiental. “Um dos focos sempre foi o detalhamento das precauções para evitar o vazamento de materiais perigosos”, explica. Em termos de liderança, Júlio Oliveira atuou em várias frentes. “Aqui sou tudo. Gerente da obra, psicólogo, conselheiro, paizão, educador e amigo (risos). Só não posso ser babá, mas ao ver que algo é feito da forma errada eu aconselho e argumento sobre como melhorar”, diz.

 

Lutegar Cardoso Valensuelo, operador de sonda, foi um dos “filhos” de Oliveira ao longo da obra. Baseado em Itabira, famosa cidade do poeta Carlos Drummond de Andrade, ele se deslocava diariamente para Santa Maria, a frente de obra. Às sete da manhã participava do DDS – Diálogo Diário de Segurança – e seguia operante até cerca das sete da noite. “O horário do trabalho depende muito do projeto. Nesse caso, como a chuva atrapalhou bastante, tivemos que compensar o tempo perdido”, explica. O profissional comemora a finalização dos trabalhos sem nenhum acidente e lembra da sua participação. “O operador de sonda tem de que conhecer a rotina da máquina, ter noção do solo que vai ser perfurado e quais as brocas que serão utilizadas em cada tipo de terreno”, detalha.

 



INTECH e o Minerioduto
As tubulações do Minerioduto Minas-Rio têm diâmetro de Ø26 polegadas. A INTECH Engenharia atuou em diversos trechos da obra com instalação de dutos por método não-destrutivo:

Itabira A - 530 m em rocha gnaisse
Itabira B - 330 m em rocha gnaisse
RJ 220 - 25 m em rocha
BR 381 - 110 m em solo e rocha

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Pausa para alimentação e cuidados com ingredientes perigosos


Como as distâncias dos restaurantes eram longas (em torno de 70 km), os colaboradores em campo no caso do projeto Minas-Rio eram abastecidos por um serviço de delivery. O motorista da equipe buscava o almoço, quebrando a rotina. A hora sagrada de parada era seguida pelo descanso na “barraca de vivência”. É nesse local que concentram-se o refeitório, com café, água, gelo, e o abrigo no caso de chuvas fortes. “Tínhamos um cardápio e a cada dia a comida variava, mas sempre com alguma carne, feijão e arroz. No caso do turno à noite, combinávamos com algum restaurante para fornecer a comida naquele horário”, explica Júlio Júlio Oliveira, Gerente de Contrato da INTECH. Detalhes como a restrição de condimentos como pimenta e molhos fortes são importantes. Tais componentes podem funcionar como uma bomba e gerar mal estar durante o trabalho, incluindo azia ou outros problemas relacionados.



A operação de HDD no Minas-Rio em quatro etapas


1 – Mobilização do equipamento: consiste em posicionar a máquina, fazer o interligamento (parte elétrica e hidráulica) e teste.

2 – Furo piloto: procedimento atende as normas autorizadas pelo cliente e deve estar alinhado em todas as etapas de engenharia. A sonda é posicionada no ângulo do projeto, de acordo com cada broca para determinado solo. Em seguida, o navegador passa as diretrizes para o operador da sonda, decodificando os dados que estão no computador. Dessa forma, o operador prossegue nas etapas de trabalho, que inclui o avanço da perfuração, giro das brocas, paradas e bombeamento de fluído.

3 – Troca de ferramentas: tira-se a broca e coloca-se o alargador, que vai passar pelo furo uma ou mais vezes dependendo do trecho e do diâmetro necessário. O furo só pode ser alargado aos poucos e sempre dependendo do tipo de solo. Após esse processo é feita a limpeza.

4 – Desmobilização: transporte do equipamento para outra obra na programação ou para o pátio em Taubaté (SP), onde passa por manutenção.

 

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