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Setembro, Outubro, Novembro / 2011 / Ano1 / Número 4

Cluster e INTECH apostam em iniciativa sustentável para produção de etanol

Cluster de Bioenergia assina contrato de parceria com o Laboratório Nacional
de Ciência e Tecnologia do Bioetanol- CTBE.

O Brasil responde atualmente por quase 50% do mercado mundial de produção
de açúcar, figurando no ranking dos principais exportadores de cana de açúcar e
etanol do mundo. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em
2010 o país exportou 1,8 bilhão de litros do biocombustível. O cenário é bastante
animador para a indústria de bioenergia, em especial para o Cluster de Bioenergia,
projeto de instalação de 3 usinaspara produção de etanol, açúcar e energia elétrica,
que tem a INTECH como sócia desde sua fundação, em 2008.

Segundo José Eduardo Jardim, diretor superintendente da INTECH, o projeto já conta
com viveiro de 700 hectares de cana de açúcar plantados, licença ambiental e projeto
completo para a instalação da primeira usina em Barra do Garças, no Estado de Mato
Grosso. Além disso, firmou recentemente com  o Laboratório Nacional de Ciência e
Tecnologia do Bioetanol (CTBE) contrato de parceria, não só com o objetivo de
construir formas mais sustentáveis da plantação e colheita da cana de açúcar,
matéria prima do etanol, mas também implantar  novas tecnologias  no processo industrial.

De acordo com o Professor Marco Aurélio Pinheiro Lima, diretor da entidade, o Brasil é dono de uma cultura do etanol
muito forte, contando com a indústria automobilística trabalhando a seu favor, com a produção de carros flex, desde 2003.
“Estamos vivendo um período de nova corrida tecnológica, com outros países investindo forte no setor, mas ainda há
grandes oportunidades de expansão para o mercado brasileiro”.

Para o especialista, o etanol brasileiro oferece uma série de vantagens, dentre elas, sua matéria prima. “Além da nossa
tecnologia ser mais estabilizada, utilizamos a cana de açúcar, que oferece mais benefícios do que o etanol retirado
do milho ou do trigo”.

Prof. Marco Aurélio ressalta, no entanto, a importância do país apostar na cultura do plantio direto junto com a agricultura
de precisão para uma produção e extração mais sustentável, daí a importância da parceria entre o Cluster e o CTBE.
“Nosso objetivo é fazer uma indústria mais parecida com uma  biorefinaria, para que além de produzir açúcar, etanol
e eletricidade, também possamos produzir blocos químicos para uma indústria verde”.

Nesse sentido, são objetivos da parceria, a participação do CTBE em todo o ciclo da cana de açúcar, desde a avaliação
do terreno onde ela será plantada, até a elaboração de estratégias para a proteção do solo, a implementação dos
equipamentos de plantio e colheita da cana, entre outros. Todos esses projetos serão testados nas unidades do Cluster
de Bioenergia, no centro-oeste do Brasil.